Sexta-feira, 15 de Setembro de 2023

estes dias que passam 836

 

O general no seu labirinto

mcr, 15-9-23

 

A guerra da Ucrânia, ou seja a guerra que uma invasão torpe impôs a esse pais, tem permitido alguns delírios sobretudo a um punhado de saudosos das glórias da falecida (porque implodida) URSS.

A razão da invasão foi como é sabido a existência de um viveiro de nazis em Kiev e arredores que diariamente conspiravam contra a pacífica existência da Federação Russa, iy Santa Rússia se quiserem.

Como se sabe a Ucrânia, que territorialmente é pelo menos dez vezes menor que a grande irmã oriental, cinco vezes menos populosa e seguramente muito menos rica em riquezas naturais de toda a ordem, mormente petróleo e gás natural, sempre ameaçou a Rússia, e isso desde os anos seguintes à revolução de 197 quando sob a liderança de Makno tentou tornar evidente o prometido direito a sr uma nação independente.

Como se sabe, depois das tropas do anarquista Makno terem derrotado o exército branco foram atacadas de surpresa pelo exército vermelho  acabando aó o sonho independentista. Anos depois, alguns milhões de ucranianos  (tudo kilaks ricos e anti-revolucionários, deixaram-se morrer à fome no que, aliás, foram ajudados pelas autoridades da URSS que fechou as fronteiras entre as duas irmãs.

Depois da guerra (a grande guerra patriótica...) durante a qual mais de um terço das baixas soviéticas se registaram na Ucrânia, esta conjuntamente com a BieloRussia  fez parte das Nações Unidas onde a Rússia detinha um dos cinco lugares do Conselho de Segurança. Em princípio (‘) isto poderia sugerir que estes dois primeiros países poderiam, caso lhes desse para isso, separar-se da URSS.

Em boa verdade, essa problemática separação poderia ter o mesmo destino que outras menos felizes (Hungria E Checoslováquia) tiveram. .Quando a URSS desapareceu  (por implosão, desastre económico e financeiro, indiferença generalizada dos cidadãos soviéticos) acordos soleneníssmos garantiram a independência de boa parte dos territórios da ex –URSS

A Ucrânia não quis ficar com as armas nucleares estacionadas no seu solo (provavelmente também o ambiente internacional não veria isso com bons olhos) bem como com gigantescas quantidades de material bélico lá estacionado.

E durante alguns anos, o novo país foi dirigido por uma elite russófona que de tal maneira se mostrou serventuária dos interesses russos que uma revolução generalizada a expulsou.

Entretanto a Rússia encontrou um anjo salvador na pessoa de  um ex polícia  secreto Putin que, diligentemente ajudado, pelos resquícios do antigo partido comunista, se começou a perpetuar no poder.

O poder absoluto gera monstros e sobretudo corrompe absolutamente quem o detém. 

E foi assim, que nos anos 14 deste século o Donbass começou a agitar-se, a receber da Rússia armas e refúgio ao mesmo tempo que tropas desta vez russas ocuparam a Crimeia.

Convém lembrar que foi ainda em plena soberania soviética (no consulado de Krutchev) que a Crimeia  foi integrada  na Ucrânia. E isso era lógico de todos os pontos de vista porquanto basta olhar para um mapa para se perceber que a continuidade territorial era com a Ucrânia e que o anterior estatuto político administrativo era, como na altura se afiançou, anti económico e absolutamente ilógico. De resto boa parte da população era ucraniana mesmo se naquela península sempre tivesse vivido uma forte comunidade tártara que durante o estalinismo (1944) foi dizimada e teve muitos dos que escaparam a ser deportados para os confins do território  e para o Usbequistão.

Tudo isto parece escapar a um senhor major general que exerce de comentador pró-russo na CNN.

Não só tudo indica que o mero facto da Rússia ter invadido em Fevereiro de 2022 os territórios adjacentes ao Donbass e à Crimeia, não acode ao espírito geo-estratégico do referido oficial general, como debita sempre o mesmo mantra que assenta no facto de os russos estarem sempre vitoriosos ou a caminho disso e os ucranianos terem a certeza de uma próxima e medonha derrota 

Entre outras extraordinárias descobertas  temos algumas que são verdadeiras pérolas. A Ucrania já perdeu quatro exércitos! Vá lá saber.se como é que os russos não avançam mas até foram repelidos e agora começam a sver as suas linhas penetradas quer a leste quer a sul.

A outra e mais grave afirmação deste general que até merecia ser marechal pelo menos na Federação Russa é a de que as últimas acções de bombardeamento na Crimeia foram levadas a cabo por aviões legadamente ucranianos mas estacionados em bases estrangeiras, supondo-se que o nosso estratego se esteja a referir à Roménia e à Polónia. De resto e de acordo com a “linha geral” estabelecida pelo Kremlin, isto a que se assiste é um confronto Rússia-Nato

Esta segunda parte é uma das litania usadas pelos porta-vozes da Rússia ma quanto ao uso de bases estrangeiras para a aviação ucraniana  nem o Kremlin se lembrou sequer de o murmurar.

Os russos, apesar de tudo, mesmo tendo presente que aquilo já tresanda de paranoia,  de fake news e de uma prodigiosa mas imbecil propaganda, não deram tal passo.

Provavelmente deixam essa patriótica tarefa para generais portugueses dotados para apolítica e para a história mesmo  esta de faca e alguidar...

 

(quanto ao que me pareceu, noutra ocasião, um apoio a tese dos nazis ucranianos, não vale a pena lembrar ao estimável militar que o comandante operacional da Wagner, aliás seu fundador, usava diariamente na farda os S das SS, um emblema alemão da águia e da cruz gamada e mais uns berloques todos provenientes da pútrida herança dos nazis alemães. Provavelmente o mesmo olho perscrutador que vê bases militares ucranianas fora da Ucrânia não conseguiu  -pu não percebeu –qual o real sentido destas insígnias no falecido mercenário que agora jaz num cemitério como ocorre com muitas se não todas as criaturas que alguma vez caíram em desgraça aos olhos de Potin. Generalices...)  

 

O general no seu labirinto

mcr, 15-09-23

 

A guerra da Ucrânia, ou seja a guerra que uma invasão torpe impôs a esse pais, tem permitido alguns delírios sobretudo a um punhado de saudosos das glórias da falecida (porque implodida) URSS.

A razão da invasão foi como é sabido a existência de um viveiro de nazis em Kiev e arredores que diariamente conspiravam contra a pacífica existência da Federação Russa, iy Santa Rússia se quiserem.

Como se sabe a Ucrânia, que territorialmente é pelo menos dez vezes menor que a grande irmã oriental, cinco vezes menos populosa e seguramente muito menos rica em riquezas naturais de toda a ordem, mormente petróleo e gás natural, sempre ameaçou a Rússia, e isso desde os anos seguintes à revolução de 197 quando sob a liderança de Makno tentou tornar evidente o prometido direito a sr uma nação independente.

Como se sabe, depois das tropas do anarquista Makno terem derrotado o exército branco foram atacadas de surpresa pelo exército vermelho  acabando aó o sonho independentista. Anos depois, alguns milhões de ucranianos  (tudo kilaks ricos e anti-revolucionários, deixaram-se morrer à fome no que, aliás, foram ajudados pelas autoridades da URSS que fechou as fronteiras entre as duas irmãs.

Depois da guerra (a grande guerra patriótica...) durante a qual mais de um terço das baixas soviéticas se registaram na Ucrânia, esta conjuntamente com a BieloRussia  fez parte das Nações Unidas onde a Rússia detinha um dos cinco lugares do Conselho de Segurança. Em princípio (‘) isto poderia sugerir que estes dois primeiros países poderiam, caso lhes desse para isso, separar-se da URSS.

Em boa verdade, essa problemática separação poderia ter o mesmo destino que outras menos felizes (Hungria E Checoslováquia) tiveram. .Quando a URSS desapareceu  (por implosão, desastre económico e financeiro, indiferença generalizada dos cidadãos soviéticos) acordos soleneníssmos garantiram a independência de boa parte dos territórios da ex –URSS

A Ucrânia não quis ficar com as armas nucleares estacionadas no seu solo (provavelmente também o ambiente internacional não veria isso com bons olhos) bem como com gigantescas quantidades de material bélico lá estacionado.

E durante alguns anos, o novo país foi dirigido por uma elite russófona que de tal maneira se mostrou serventuária dos interesses russos que uma revolução generalizada a expulsou.

Entretanto a Rússia encontrou um anjo salvador na pessoa de  um ex polícia  secreto Putin que, diligentemente ajudado, pelos resquícios do antigo partido comunista, se começou a perpetuar no poder.

O poder absoluto gera monstros e sobretudo corrompe absolutamente quem o detém. 

E foi assim, que nos anos 14 deste século o Donbass começou a agitar-se, a receber da Rússia armas e refúgio ao mesmo tempo que tropas desta vez russas ocuparam a Crimeia.

Convém lembrar que foi ainda em plena soberania soviética (no consulado de Krutchev) que a Crimeia  foi integrada  na Ucrânia. E isso era lógico de todos os pontos de vista porquanto basta olhar para um mapa para se perceber que a continuidade territorial era com a Ucrânia e que o anterior estatuto político administrativo era, como na altura se afiançou, anti económico e absolutamente ilógico. De resto boa parte da população era ucraniana mesmo se naquela península sempre tivesse vivido uma forte comunidade tártara que durante o estalinismo (1944) foi dizimada e teve muitos dos que escaparam a ser deportados para os confins do território  e para o Usbequistão.

Tudo isto parece escapar a um senhor major general que exerce de comentador pró-russo na CNN.

Não só tudo indica que o mero facto da Rússia ter invadido em Fevereiro de 2022 os territórios adjacentes ao Donbass e à Crimeia, não acode ao espírito geo-estratégico do referido oficial general, como debita sempre o mesmo mantra que assenta no facto de os russos estarem sempre vitoriosos ou a caminho disso e os ucranianos terem a certeza de uma próxima e medonha derrota 

Entre outras extraordinárias descobertas  temos algumas que são verdadeiras pérolas. A Ucrania já perdeu quatro exércitos! Vá lá saber.se como é que os russos não avançam mas até foram repelidos e agora começam a sver as suas linhas penetradas quer a leste quer a sul.

A outra e mais grave afirmação deste general que até merecia ser marechal pelo menos na Federação Russa é a de que as últimas acções de bombardeamento na Crimeia foram levadas a cabo por aviões legadamente ucranianos mas estacionados em bases estrangeiras, supondo-se que o nosso estratego se esteja a referir à Roménia e à Polónia. De resto e de acordo com a “linha geral” estabelecida pelo Kremlin, isto a que se assiste é um confronto Rússia-Nato

Esta segunda parte é uma das litanias usadas pelos porta-vozes da Rússia ma quanto ao uso de bases estrangeiras para a aviação ucraniana  nem o Kremlin se lembrou sequer de o murmurar.

Os russos, apesar de tudo, mesmo tendo presente que aquilo já tresanda de paranoia,  de fake news e de uma prodigiosa mas imbecil propaganda, não deram tal passo.

Provavelmente deixam essa patriótica tarefa para generais portugueses dotados para apolítica e para a história mesmo  esta de faca e alguidar...

 

(quanto ao que me pareceu, noutra ocasião, um apoio a tese dos nazis ucranianos, não vale a pena lembrar ao estimável militar que o comandante operacional da Wagner, aliás seu fundador, usava diariamente na farda os S das SS, um emblema alemão da águia e da cruz gamada e mais uns berloques todos provenientes da pútrida herança dos nazis alemães. Provavelmente o mesmo olho perscrutador que vê bases militares ucranianas fora da Ucrânia não conseguiu  -pu não percebeu –qual o real sentido destas insígnias no falecido mercenário que agora jaz num cemitério como ocorre com muitas se não todas as criaturas que alguma vez caíram em desgraça aos olhos de Potin.

Generalices...)  

publicado por mcr às 08:08
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